segunda-feira, 30 de junho de 2008

Exposição do I Encontro Internacional de Culla Contemporânea

Trabalho do Matsuo Takashi e ao fundo o meu. Este trabalho do Matsuo está todo trabalhado por dentro, permitindo ver o seu interior apenas por este orifício.


Trabalho da Gabriella Sachi

Trabalho do Marc Verbruggen

Recebi algumas fotos do aspecto com que está a exposição do I Encontro de Culla. Inaugurou no passado dia 17 de Junho a exposição itinerante do I Encontro Internacional de Culla Contemporânea. Encontra-se no Centro Cultural Provincial LAS AULAS, Plaza Las Aulas, 1 12001 Castelló, Espanha. Poderá ser visitada até dia 17 de Julho.

sábado, 28 de junho de 2008

Prémio Martí Royo

"Dormitório"
Grês, técnica da lastra, cozedura a 1150ºC com redução. 122 x 47 x 4 cm. 2006
Com este trabalho recebi o 2º prémio, em 2006, da IV Bienal de Cerâmica Martí Royo, Altafulla, Espanha. Pela informação que tenho, o presidente da câmara já não é o mesmo e o novo acabou com o concurso. Parece cá.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Texto de Arcádio Blasco

Este foi o texto que o meu amigo Arcádio Blasco escreveu para a minha exposição individual "Voltar a Marrocos", em 2001. Tive o privilégio de poder estar um mês no seu atelier e realizar alguns dos trabalhos para a exposição. Conheci-o, em 1998, num curso de escultura e murais ceramicos, em Coimbra e desde aí nunca mais perdemos contacto. A forma como "vejo" a cerâmica a muito devo a este querido mestre.


La cerámica ...
La cerámica, la manipulación de argillas, el fuego, componen una herencia ancestral soldada al nacer del pensamiento en el ser humano. Ya se há dicho: “los pueblos que no conocieron la cerámica no tienen historia”. Al margen del uso industrial; todavía hoy, presenta, la cerámica, una atracción, un interés irrefrenable por parte de muchos individuos de diferentes culturas; desde la porcelana má exquisita a las grandes tinajas de barro; desde las técnicas más primitivas, a las más sofisticadas. Seguramente el control del fuego fue un primer signo de inteligencia y dominio sobre el resto de los seres vivos.
A Sofia Beça le atrae el fuego, la manipulación de pastas, le oficio,y como persona inteligente y sensible, quiere sumergirse, penetrar en la cerámica com la pasión y tenacidad del neoconverso. El descubrir las posibilidades expresivas, latentes en esa transformación de la materia creando outra materia distinta y personal es emocionante siempre; si, además, com esse dominio, tratas de conformar un lenguaje para comunicar tus sentimientos a los demás, te va la vida en sea lucha y en ses dominio sobre unos materiales a los que intentas dar vida.
Su tenacidad en el trabajo de taller, su curiosidada y gozo por conocer los “misterios” que rodean el oficio, el comportamiento de los materiales, la irán dotando de un lenguaje proprio que ya está latente en sus ultimas producciones. Conocedora del esfuerzo que esos “secretos” habrá que extraerlos por el camino de la experiencia, está preparada y dispuesta a enfrentarse com cualquier dificultad y superarla.
Nace, com Sofia, una nueva esperanza en la gran familia de los ceramistas. Su aportación contribuirá, sin duda, a ampliar horizontes y alentar a los iniciados. Que es tarea de todos dejar una huella que sirva a los enamorados de la cerámica, de estimulo y confianza.


Arcadio Blasco
Mutxamiel, Enero 2001

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Prémio ARGO

"Cerco"
Barro chamotado, vidrado a 980ºC, redução posterior na fogueira, 60 x 60 x 34 cm. 2002.

Com este trabalho ganhei em 2003, o 1º Prémio de CER.TA.ME, organizado pela A.R.G.O, Gondomar. Quem organizou foi uma associação local, mas quem ficou com o trabalho foi a Câmara Municipal de Gondomar. Que é feito do trabalho???

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Prémio Mural de Alcora

Há um velho ditado que diz "quer quer vai, quem não quer manda" e neste caso era bem verdade. Os dois trabalhadores que a câmara local disponibilizou para a montagem do mural eram tão maus que tive que ser eu a colocar o trabalho todo na parede. Eu queria-o bem montado.

Em 2005, o Museu de Cerâmica de Alcora, Espanha, organizou o Iº Prémio Mural Undefasa. Era necessário apresentar uma proposta em maquete, para um mural de 300 x 200 cm. A minha proposta intitulava-se "Muro dentro do muro" e foi a escolhida. Na foto não dá para ver bem o trabalho, que consistia em placas de barro com duas medidas, feitas manualmente e no seu interior "pedras" em barro com vidrados e pastas de várias cores e todas elas trabalhadas individualmente.
Infelizmente esta é a unica foto que tenho do trabalho concluido, não se vê bem o trabalho, mas vê-se bem (infelizmente) como foi a inauguração do mural.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Texto de Manuel António Pina

Este texto foi escrito por Manuel António Pina, em 1998, para a minha exposição individual no Solar dos Zagallos, em Sobreda da Caparica. Era um Solar que se tinha transformado num museu dedicado á cerâmica, com exposições permanentes, temporárias e oficinas para adultos e crianças, estava na responsabilidade da Câmara Municipal de Almada. Não sei se ainda existe este museu.

O Domínio do Fogo
Arte fulgurante, a cerâmica participa de modo literal do mistério alquímico fundamental da purificação e da regeneração. Como o poeta – ferreiro taoista na sua forja ou o alquimista ao forno, o ceramista está no centro do mundo, pequeno deus demiurgo arrancando o ser à matéria bruta e ao não ser. Do barro, espécie de caos original, o ceramista “separa” laboriosamente formas e identidades. O seu trabalho é, por isso, de natureza estruturalmente dia-bólica (isto é, cosmogónica e criadora); talvez então a vocação sim-bólica de toda a arte seja a “saudade” do estado edénico e da unidade primordial.
A arte de Sofia Beça evidencia tanto esta origem terrestre como este destino celeste, o barro informe como a presença do fogo criador e regenerador. Cada uma das suas peças parece dividida, dilacerada entre céu e terra, vida e morte, condensação e sublimação. Quem estranhará que as suas formas se abram em movimentos convulsos ou expludam em vermelhos vulcânicos e em negros fundos e inquietos ?
Às vezes, no entanto, dir-se-ia que o sofrimento das formas por momentos se suspende e que elas se espraiam então em calmos painéis e labirínticas ordens cromáticas, quase até ao decorativismo. Mas depressa as cores de novo obscurecem, os volumes se intensificam e pesadas nuvens de tempestade se acumulam nos vidrados.
Porque o ceramista está perto de mais.
Tanto da matéria como da chama. E também ele em ambos arde e se consome.

Manuel António Pina
Setembro de 98

sábado, 14 de junho de 2008

I Encontro Internacional de Culla Contemporânea

"Os meus caracóis"
Grês, técnica da lastra, cozedura a 1260ºC em forno gás. 50 x 50 x 5 cm cada. 2007

Inaugura do próximo dia 17 de Junho a exposição itinerante do I Encontro Internacional de Culla Contemporânea. Realizar-se-á no Centro Cultural Provincial LAS AULAS, Plaza Las Aulas, 1 12001 Castelló, Espanha. Poderá ser visitada até dia 17 de Julho.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Amakusa Ceramic Art 2003

Aspecto do "meu" espaço.

"O meu jardim japonês"
Porcelana de Amakusa, cozedura a 1300ºC.116 x 19 x 12 cm. 2003

Vista da sala de exposição. As peças do lado esquerdo são da autoria do João Carqueijeiro, que tinha lá estado em 2001

Workshop que monitorei sobre azulejos de padrão.

Os "protagonistas" desse ano.
Pois já lá vão cinco anos, mas creio que nunca irei esquecer esta experiência. Em Setembro de 2003 fui até á ilha de Amakusa, Japão. Uma ilha minúscula em frente a Nagasaki.
Através da recomendação do João Carqueijeiro, convidaram-me a estar um mês a trabalhar para uma exposição colectiva. Nesse ano fui a única estrangeira a participar, o que dificultou um pouco a comunicação. O meu inglês era duvidoso, mas como quase ninguém falava inglês......desenhos e gestos eram a melhor forma de comunicar.
Foi a experiência mais enriquecedora que tive até hoje. Estávamos a trabalhar num atelier familiar e estavam ao nosso dispor. O ritmo de trabalho era muito á japonês, 10 horas por dia e com o aproximar da inauguração o numero de horas também ia aumentando. Tentei absorver tudo que via e senti que eles faziam o mesmo.
Durante esse mês só tínhamos os domingos para descansar e foi nesses momentos que tive tempo para fazer "turismo". A ilha onde estava era fabulosa, a lembrar o Japão de á muitos anos atrás, uma ilha que não tem turismo nenhum.
Recordo este tempo com saudade e sempre na esperança de lá regressar. Quanto ao festival, creio que já não existe. As regalias eram boas demais e o dinheiro deve ter terminado.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Gustavo Costa em Serralves em festa II


Ontem fui a Serralves ouvir o meu irmão tocar. Já variadíssimas vezes assisti a concertos dele, mas foi apenas a segunda vez que o vi com o seu projecto pessoal. Tem imensas coisas gravadas, mas quase nunca as apresenta. Estava muito nervoso (apesar da enorme experiência que tem), mas quando começou a tocar, rapidamente desapareceu esse sintoma. Correu muito bem e os elogios foram muitos. Espero poder assistir novamente a um projecto seu, mas com melhores condições.
Serralves em Festa é uma desgraça, ouve-se barulho por todo lado, lixo, a relva nalgumas zonas desapareceu, gente até dizer chega, marcas de cerveja e do banco a oferecer lixo com a devida publicidade..... Não sei o que ganha Serralves com isto, mas o jardim não ganha nada seguramente. A mim não me voltam a apanhar nestas festas, a não ser que o meu irmão volte a tocar lá.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Gustavo Costa em Serralves em festa


No próximo fim de semana Serralves está em Festa. Serão 48 horas sem parar e cheias de diversas actividades e tudo isso gratuitamente.
O meu "compositor privado", é assim que gosto de chamar ao meu irmão Gustavo, uma vez que todas as minhas exposições individuais têm a musica que ele compõe para cada uma delas, vai fazer parte desta "festa".
Vai começar no sábado logo pelas 10 da manhã com a "Fanfarra" - música improvisada- e o local vai ser um percurso na baixa do Porto.
No domingo vai apresentar o seu projecto individual, "Gustavo Costa" - música improvisada, ás 16 horas e o local é em Serralves no Parterre Lateral.
Quem quiser saber mais informações sobre estes programas:
http://serralvesemfesta.com/fotos/gca/serralves_em_festa_08_1211984552.pdf

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Curso de Murais Cerâmicos

No passado ano, fui convidada pelo CEARCAL, em Valladolid, a ser monitora deste curso. Foi bastante intenso devido ao pouco tempo disponível.

Procesos Creativos en la construcción de murales cerámicos
De 19 al 23 de Noviembre de 2007

O curso desenvolveu-se durante um período lectivo teórico/prático de quarenta horas.
Foi estabelecido como objectivo central a criação, por cada aluno, de uma maqueta de trabalho para futura realização de um mural.
O primeiro passo consistiu na procura de um espaço, mais concretamente uma parede, dentro da área da própria instituição que lhes agradasse trabalhar.
Seguidamente apresentaram as suas propostas desenhadas em papel e começaram a dimensionar a maqueta, tendo em atenção a escala mais apropriada para a sua realização.
Um dos aspectos mais importantes a ter em atenção era também o factor tempo, pois era necessário gerir de forma eficaz o tempo que tinham disponível para realizar o trabalho, sendo esse um dos exercícios - controlar prazos de entrega.
As maquetas foram evoluindo à medida que se estabelecia o diálogo e os alunos iam dispondo de mais informação, nomeadamente através da visualização fotografias de trabalhos e respectivos processos criativos de diversos artistas.
Alguns dos alunos tiraram grande partido dessa informação e isso reflectiu-se de imediato nas suas propostas de trabalho e maquetas.
Foi abordada também a questão dos cuidados a ter quando se passa para escalas reais e do que é necessário apresentar para uma proposta de trabalho.
Por fim cozeram-se as peças e falou-se dos resultados finais através do método de apreciação, discussão e crítica de todas as propostas, tendo sido pedido a cada aluno que justificasse e fundamentasse devidamente o seu trabalho.As dificuldades que mais se evidenciaram foram: a dificuldade de expressar as ideias em papel, nomeadamente através do desenho; o deixar de pensar em pequenas peças tridimensionais meramente decorativas para passar a pensar em termos de planos e relevos; e o ter que realizar objectos em grande escala.