Enquanto ia reproduzindo azulejos e cozendo, fui fazendo testes de cores. Foi a primeira vez que fiz tantos testes, já estava a desesperar. A cor de fundo não é fácil, os azulejos não estão homogéneos e a cor está suja. Como eram pintados e depois o vidrado transparente era aplicado por mergulho, sujava o branco de fundo, ou seja, de branco tem muito pouco. Para obter uma cor aproximada, tive que "sujar" o branco com castanho e violeta. Mas a sujidade de mais de 100 anos não é possível. Um teste de cor foi aprovado, agora é passar para uma quantidade grande e ver se a cor se mantém. Sim, porque quando se faz um teste de cor em que se trabalha com 0,1 g de violeta e o,2 de castanho e 10g de branco, é diferente de quando se passa para kgs. Vamos a ver como segue.
terça-feira, 30 de setembro de 2008
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Catálogo de Culla
Como referi outro dia, o catálogo de Culla tem alguns textos sobre o encontro e seus respectivos participantes.
Aqui fica o excerto do texto de Wenceslao Rambla Zaragozá, professor catedrático da Universidade Jaume I e Comissario da exposição, sobre o meu trabalho.
"La metaforización del mundo a través e raíz y apariencia orgánica parece construir el motor que activa la creatividad de esta autora portuguesa en el universo de la ceramica artística. No en vano le naturaleza constituye, casi siempre, la motivación que impulsa su obra. Sus pastas coloreadas, el gres chamotado, la malaquita o caolín calcinado empleado como sacante, son parte del sustrato matérico y técnico con que manipula y da vida a esas formas de raigambre orgánica que establecen la visión poética de Beça.
Formas que, en ocasiones, se visualizan como cordilleras que se enroscan en concéntricas formaciones; cuando no es el caso en que, otras de sus piezas, quedan como tubulares formas de pastas coloreadas que les dotan de una peculiar vitalidad. Pastas de similar contracción a 1180 grados de cocción aproximadamente, cordilleras que no son sino regueros de pasta incrustada en una base más o monos plana y en un contexto de objetoindividualizado; para pasar Beça a la realización de murales donde conjuga piezas cuadrangulares de sistintos tamaños con un acabado protuberante que mimetiza ondulaciones ( desgastes de pisadas sobre una losa, alegoría marina... ...cualquier cosa puede ser, sugerir, evocar), sin olvidar toda esa serie de elementos incrustadores, cual pequeñas láminas de cortantes percepción, que nos recuerdan la disposición vertical de lajas en una pared de piedra seca o el apilamiento de libros. Todo ello explicita el vocabulario, la articulación, la gramática en suma, con que esta artista construye su atractivo universo de formas cerámicas proclives a producirnos una impresión visual y táctil, y una experiencia estética como consecuencia de tal fenomenología, a quien esté dispuesto a contemplar su trabajo esmerado, cuidadosamente elaborado e intencionalmente bien planteado."
Aqui fica o excerto do texto de Wenceslao Rambla Zaragozá, professor catedrático da Universidade Jaume I e Comissario da exposição, sobre o meu trabalho.
"La metaforización del mundo a través e raíz y apariencia orgánica parece construir el motor que activa la creatividad de esta autora portuguesa en el universo de la ceramica artística. No en vano le naturaleza constituye, casi siempre, la motivación que impulsa su obra. Sus pastas coloreadas, el gres chamotado, la malaquita o caolín calcinado empleado como sacante, son parte del sustrato matérico y técnico con que manipula y da vida a esas formas de raigambre orgánica que establecen la visión poética de Beça.
Formas que, en ocasiones, se visualizan como cordilleras que se enroscan en concéntricas formaciones; cuando no es el caso en que, otras de sus piezas, quedan como tubulares formas de pastas coloreadas que les dotan de una peculiar vitalidad. Pastas de similar contracción a 1180 grados de cocción aproximadamente, cordilleras que no son sino regueros de pasta incrustada en una base más o monos plana y en un contexto de objetoindividualizado; para pasar Beça a la realización de murales donde conjuga piezas cuadrangulares de sistintos tamaños con un acabado protuberante que mimetiza ondulaciones ( desgastes de pisadas sobre una losa, alegoría marina... ...cualquier cosa puede ser, sugerir, evocar), sin olvidar toda esa serie de elementos incrustadores, cual pequeñas láminas de cortantes percepción, que nos recuerdan la disposición vertical de lajas en una pared de piedra seca o el apilamiento de libros. Todo ello explicita el vocabulario, la articulación, la gramática en suma, con que esta artista construye su atractivo universo de formas cerámicas proclives a producirnos una impresión visual y táctil, y una experiencia estética como consecuencia de tal fenomenología, a quien esté dispuesto a contemplar su trabajo esmerado, cuidadosamente elaborado e intencionalmente bien planteado."
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
"Habitáculos"
Este é o video da exposição que esteve no Museu Martins Sarmento, em Guimarães, em Outubro de 2006. Para esta exposição convidei os meus dois irmãos, o Gustavo para a musica (como já é habitual desde 2000), e o Rui para a co-autoria num dos trabalhos com fotografia.
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Catálogo de Culla
Chegou-me ás mãos (finalmente), o catálogo do I Encontro Internacional de Culla. É o catálogo que acompanha as exposições que se têm vindo a realizar sobre o encontro. Este catálogo tem alguns textos a falar sobre o encontro e sobre os participantes. Aqui fica um excerto do texto de Jaume Coll Conesa, director do Museu nacional de Cerâmica "Gonzalez Martí", sobre o meu trabalho.
"...Sofia Beça, autora de gran calidad plástica que domina texturas, forma y color, hunde sus raíces en la tradicíon local buscando expresar lo esencial del contacto del hombre com su terruño, enriquecido históricamente en el contacto cultural entre lo musulmán, como esencia de lo oriental, y la tradición local del extremo occidente. Su obra reflexiona sobre aspectos básicos de la relación hombre-medio tanto relativas a su visión como a la necesaria adaptación cultural para la supervivencia humana en relación con aquel, como vemos en sus refugios o en obras en las que plantea nuestra percepción del cosmos. Destaca de su visión un canto a la vida humana y a su complejidad a través de la materia..."
"...Sofia Beça, autora de gran calidad plástica que domina texturas, forma y color, hunde sus raíces en la tradicíon local buscando expresar lo esencial del contacto del hombre com su terruño, enriquecido históricamente en el contacto cultural entre lo musulmán, como esencia de lo oriental, y la tradición local del extremo occidente. Su obra reflexiona sobre aspectos básicos de la relación hombre-medio tanto relativas a su visión como a la necesaria adaptación cultural para la supervivencia humana en relación con aquel, como vemos en sus refugios o en obras en las que plantea nuestra percepción del cosmos. Destaca de su visión un canto a la vida humana y a su complejidad a través de la materia..."
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Gustavo em "Serralves" e na "Velha"
O meu irmão Gustavo vai tocar na próxima sexta-feira, ás 22.00, no Auditório de Serralves
“SCREEN PLAY” - CHRISTIAN MARCLAY
“SCREEN PLAY” - CHRISTIAN MARCLAY
Foi estreado na bienal Performa em Nova Iorque, e é inspirado pela tradição da partitura gráfica, expandindo-a para incluir imagens em movimento e elementos gráficos digitais muito simples que funcionam como sinais sugestivos de emoções, energia, ritmo, tom, volume e duração.Três grupos musicais diferentes são convidados a fazerem, um de cada vez e em sequência, a interpretação e improvisação ao vivo baseado no filme ‘partitura’ projectado, permitindo ao público testemunhar o processo musical implicado em cada uma das três bandas sonoras criadas. Christian Marclay é um artista plástico, performer e músico sediado em Nova Iorque.
Grupo I
Nuno Rebelo - guitarra
Marco Franco - bateria
João Paulo Feliciano - órgão
Rafael Toral - sintetizador modular e electrónica
Grupo II
João Martins - saxofones e instrumentos electro-acústicos caseiros
Gustavo Costa – percussão e electrónica
Jonathan Saldanha – electrónica
Grupo III
Steve Beresford - electrónica
Mark Sanders - percussão
Alan Tomlinson- trombones alto e tenor
No sábado toca, ás 22.30 horas, no Estaleiro Cultural Velha- a -Branca, em Braga.
No sábado toca, ás 22.30 horas, no Estaleiro Cultural Velha- a -Branca, em Braga.
Gustavo Costa nasceu no Porto em 1976. Estudou percussão com Miguel Bernat, Produção e Tecnologias da Música na Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto e Sonologia com Paul Berg, Konrad Boehmer e Clarence Barlow no Instituto de Sonologia em Haia, Holanda. Desde 1989 que participa e colabora com diversas formações e músicos ligados ao rock underground e à música experimental como Genocide, Stealing Orchestra, Três Tristes Tigres, Drumming, Gregg Moore, Ethos Trio, Damo Suzuki ou John Zorn.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Restauro no centro histórico do Porto
Já tenho duas cópias do molde do azulejo para poder fazer as reproduções, que também já fui executando. Tenho que entregar ao cliente 120 azulejos, mas como há sempre alguns acidentes pelo caminho, terei que fazer alguns mais. Este foi o meu trabalho durante uma semana e vai continuar durante esta que começa. Depois outro passo se seguirá.
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Restauro no centro histórico do Porto
Durante cerca de um mês (provavelmente mais), irei estar ocupada com este edifício. Um casal comprou a casa, estão a restaurá-la e a fachada tem muito poucos azulejos que possam ser recuperados. Calhou-me a mim fazer a cópia dos que faltam. Este edifício está na zona histórica do Porto, o que obriga a que mantenham a fachada tal como era.
Por vezes surgem-me este tipo de trabalhos e eu aceito fazê-los para poder contribuir para a preservação dos mesmos.
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Prémio Argo
Grês e porcelana, técnica da lastra, temperatura 1280º C., redução e carbonação, representação gráfica por computador do espectro sonoro da música. 300x36x6 cm. 2001
Com este trabalho ganhei em 2001, o 1º Prémio de CER.TA.ME, organizado pela A.R.G.O., Gondomar. Não o ganhei sozinha, ganhei-o com o meu irmão Gustavo, pois este trabalho tinha a sua colaboração musical. Na foto não se vê, mas junto, tinha um computador onde se poderia "ver" e ouvir a música.
Organizado por uma associação local, mas pago pela Câmara Municipal de Gondomar, logo o trabalho ficou para eles. Que é feito do trabalho?? Guardado num canto? Em casa de alguém? No lixo? De uma maneira geral, quando os prémios são pagos pelas Câmara, nunca mais se vê os trabalhos. Que lhes farão??
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
Mural de Alcora
O meu irmão Rui, que tem vindo a colaborar comigo em alguns trabalhos, foi passar ferias a Valência. Aproveitou e fez mais uns km (cheios de rotundas) e foi ver o meu trabalho, vencedor em 2005 do 1ºConcurso Mural Undefasa, em Alcora. Intitula-se "Muro dentro do muro". Está colocado na zona antiga de Alcora, numa pequena praça, muito perto do Museu de Cerâmica. Na altura, para além de colocar o mural, foi da minha responsabilidade escolher a cor da parede. O resultado foi este. Já tinha escrito um artigo sobre este prémio com uma foto, mas a qualidade não era das melhores. Agora o Rui fez-me o favor de enviar estas com mais qualidade. Rui, obrigada por teres feito questão de ir vêr o trabalho e de tirares umas fotos.
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