quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

A época convoca(-nos) e o ateliê convida(-nos) a entrar…


 Sofia Beça expõe peças em cerâmica no Bonfim

Foi a partir da consciência plena de que há temas cujo condão artístico de espelharem um valor intrínseco enquanto obras, que Sofia Beça decidiu mostrar ao público as peças que molda, sob a forma de uma exposição de cerâmica, no próprio ateliê onde trabalha, sito ao Bonfim (Rua duque de Saldanha 449), no Porto. Esta mostra vai decorrer apenas em 3 dias, entre os dias 16, sexta-feira (17h às 20h), e 18 de dezembro (sábado e domingo das 15h às 20h).

A oportunidade de travar conhecimento com as obras produzidas pela escultora cerâmica reveste-se de um carácter singular, uma vez que no percurso da artista há muito que não figura qualquer exposição no Porto, a última decorreu há cerca de 11 anos em Miguel Bombarda.

Os visitantes interessados em percorrer o espaço do ateliê de Sofia Beça vão encontrar um conjunto de peças ditas mais acessíveis à carteira e ao gosto e outras que pertencem a uma seleção mais exclusiva, que reúne algumas obras da mais recente exposição da ceramista em Avilés, Espanha. Contudo, tal com Sofia defende: “Nem tudo o que é de autor tem de ser necessariamente caro!” Algo que, de resto, será notório para os visitantes.

Ainda no capítulo da escolha do local para a realização da mostra de trabalhos, a eleição do ateliê enquanto local de acolhimento vence a ideia preconcebida existente: de que numa galeria é tudo mais caro e numa loja é tudo mais barato. Por outro lado, esta solução de compromisso proporciona um triplo conhecimento: o do espaço, o das obras e por último e não menos importante, o contacto com a criadora. Existe em rodapé um lema reter com esta iniciativa: no ateliê de Sofia Beça há peças únicas para pessoas únicas (a preços únicos, como verão os interessados).

 

Sofia Beça nasceu no Porto. Concluiu o Curso Técnico-Profissional de Cerâmica da Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis. Fez uma especialização em escultura e murais cerâmicos com Arcadio Blasco, tendo trabalhado no seu atelier. Desde 1998 que apresenta com regularidade exposições individuais, dentro e fora do país, e integrou várias exposições coletivas. Desde 2003 que é convidada a representar Portugal em simpósios e residências artísticas internacionais no Japão, Argentina, Grécia, China, Tunísia, Egipto, Turquia, Coreia do Sul, Espanha, Áustria. As suas peças integram vários museus e coleções particulares, tendo recebido já diversos prémios de relevo.

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