segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Bienal de Aveiro

"Colmeias"

Maria Oriza
"Celda de los recuerdos", menção honrosa

Margrieta Jeltema
"Folded love letters" e "Tokens of love"


Betânia Silveira
"O que nos perpassa nos constitui", menção honrosa

No passado sábado, consegui ir visitar a 9ª Bienal de Aveiro. Devo confessar que de ano para ano a qualidade vai diminuindo e a respectiva montagem nem se fala. Um museu lindíssimo, mas que só permitiu que a organização usasse uma sala para tantos trabalhos. Se a qualidade de uma boa parte dos trabalhos já era duvidosa, a forma como são apresentados não ajuda nada.

Depois fui ver a exposição da retrospectiva de 20 anos da bienal. Outra desilusão, para além de cobrarem bilhete (para que ninguém visite seguramente) , uma retrospectiva de 20 anos com apenas 6 trabalhos...??? Diga-se que em cada anos há 3 prémios, logo, fazendo as contas, dá 27 prémios no total. Onde estarão todos eles??

4 comentários:

Fernando Mota disse...

Tem toda a razão e assino por baixo. Então aquela da retrospectiva é ainda mais grave porque pelo que sei era para ser gratuita. Eu vi-a no dia da inauguração e não me levaram dinheiro, mas nem a publicitei porque a achei pífia e limitada. Enfim

Sofia Beça disse...

Obrigada pelo comentário Fernando. Eu não quis ser mais directa, porque na realidade a minha critica é bem maior e quando se lê no catálogo da bienal os próprios juris a falar de "objectos" em vez de obras acho que já diz tudo. Acho que eu tenho os dias contados por lá. Bons tempos em que o juri sabia o que estava a avaliar! Talvez por isso a tal retrospectiva seja assim tão curta.
Abraço
Sofia

Fernando Dias disse...

Olá Sofia.
Vindo de si são lamentáveis, mas perceptíveis, tais apreciações a trabalhos de artistas, pois "gostos não se discutem".
Mas entrando por aí, é certo que para uma sala tão bonita como aquela que foi inaugurada por mais uma Bienal de Aveiro, cuja qualidade, ao contrário do que diz, não tem descaído, antes pelo contrário, as obras estão muito "compactadas".
Agora, para quem tem um trabalho duvidoso, parco em qualidade e técnica como o seu, em lugar de destaque... só para quem gosta muito de falar mal e não fazer nada para melhor.
Os meus parabéns à organização que de ano para ano, contrariamente ao que diz, mantém o profissionalismo e qualidade rigorosa de uma iniciativa como esta.
Se está assim tão descontente, porque não desiste de participar e ao invés de criticar procura ajudar na melhoria?
Certamente porque os prémios, que são os melhores a nível mundial, mesmo num tempo de crise como o que o país atravessa, aguça-lhe o bico...
Felicito os que sabem apreciar e ajudar e entristece-me só ouvi-la falar mal e em nada colaborar para as melhorias.
Será você competente ao ponto de conseguir fazer igual?
Um bem-haja artístico…

Sofia Beça disse...

Caríssimo

Gostos discutem-se e muito,embora num concurso isso não possa nunca estar em causa, mas sim a qualidade e originalidade da obra.
Quanto á sala, estamos os dois de acordo. O museu, como referi, parece-me muito bem recuperado e a montagem,conforme suas palavras está bem compactada, ou seja, tudo ao molhe e fé em deus. Também estamos de acordo quanto á organização, que na realidade são a Paula Cardoso e Paulo Pinto, que tudo fazem para que a única bienal de cerâmica do país se vá mantendo. Mas também é certo que não é da responsabilidade deles o que é apresentado na mesma, nem a sua montagem.
Quanto á qualidade dos meus trabalhos,não sou a pessoa mais indicada para falar deles (será que o Fernando Mota é???), mas não devem ser assim tão maus, visto ser com alguma frequência convidada a representar Portugal na área da cerâmica, e quanto aos prémios, já tive o previlégio de receber um precisamente no ano em que a bienal mais dinheiro dava. Continuo a participar apenas por ser o único em Portugal, dando assim o meu pequeno contributo.
Já organizei várias coisas, mas concursos nunca, quem sabe o convido um dia!!
Volte sempre
Sofia Beça